Ontem, por falta do que fazer, fui assistir um filme italiano chamado "O Último Beijo" ( L'Ultimo Bacio ). No final das contas, tive uma boa surpresa.
O filme pode ser visto pelo seu ângulo masculino ou feminino e tem interessantes histórias paralelas. Mas o que quero mesmo é salientar o conflito interno de Carlo ( Stefano Accorsi ).
O filme pode ser visto pelo seu ângulo masculino ou feminino e tem interessantes histórias paralelas. Mas o que quero mesmo é salientar o conflito interno de Carlo ( Stefano Accorsi ).
Carlo namora e vive com Giulia ( Giovanna Mezzogiorno ) há cerca de três anos. Ela é uma moça alegre, simpática e que nutre uma paixão saudável por ele. O filme se esforça para não mostrar qualquer defeito dela, o que torna a questão mais interessante.
Pois bem... Giulia, inesperadamente, fica grávida. Imensamente feliz, ela corre para compartilhar esta bela novidade com toda a família. É um sonho que se torna realidade.
Diz a lógica que Carlo também deve demonstrar grande alegria, certo? Afinal, ele a ama e eles são felizes juntos. Então, ele tenta ficar feliz, ele tenta sentir e transmitir esta "felicidade".
Ocorre que homens e mulheres são diferentes! Mesmo amando Giulia, ele tem o direito de não ficar saltitante com esta gravidez não programada.
Muitos homens sonham em ter filhos e ele provavelmente não é exceção. Mas nossos hormônios, nossos instintos, não fazem disto a razão de nossas vidas. Nem entramos em parafuso aos 30 anos se a cegonha deixa de bater na nossa porta.
Então, é natural que Carlo reflita e tenha reações ambíguas, como uma mudança que traz também aspectos negativos. Em suma, é seu direito ficar deprimido. E ele fica. E ele tenta se sentir jovem novamente... e ele troca os pés pelas mãos!!!
Bobamente, envolve-se com uma ninfeta de 18 aninhos e... Não vou contar. Vejam o filme.
O que quero, apenas, é fazer uma advertência às mulheres (mesmo sabendo que serei apedrejado). Se o seu namorado não está pulando de alegria porque você, acidentalmente, ficou grávida, isto não significa (necessariamente) falta de amor. Não faça ele se sentir culpado por estar confuso, perplexo. Tente imaginar que ele, provavelmente, tinha outros planos para a vida. É claro que o bebê não foi gerado por partenogênese (ou pelo “Divino Espírito Santo”), mas tente ter um pouco de sensibilidade. Para ele também será um grande desafio.
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